O Tribunal de Cristo

O Tribunal de Cristo

O Tribu

O Tribunal de Cristo

O Tribunal de Cristo
Leitura: 1 Co 3.11-15

Todos nós iremos comparecer diante de Cristo que, como juiz, julgará as nossas obras (2 Co 5.10; At 17.31). Quem não for salvo, depois da morte, passará pelo julgamento do Trono Branco. Quem for salvo irá ao julgamento do tribunal de Cristo (Rm 14.10), onde serão julgadas as obras, para determinar a qualidade das mesmas. Neste evento será determinada a recompensa ou a perda da recompensa, e não a salvação, pois quem estiver diante do tribunal já está salvo.
O tribunal de Cristo não se destinará ao julgamento dos nossos pecados, pois os mesmos foram perdoados por Jesus no Calvário (1 Jo 1.7). Não será para garantir um lugar nos céus (Ap 22.14), que foi obtido a partir do momento em que cremos em Jesus e nosso nome foi escrito no Livro da Vida nem a nossa condenação, visto que nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1; Jo 5.24; 1 Jo 4.17).

A palavra para este tribunal no grego é bema: um local elevado onde se assentava um juiz (At 18.16). Era também o local onde um juiz se assentava nas competições para recompensar os vencedores.

Quando acontecerá este julgamento?

Isto acontecerá após o arrebatamento da igreja. A recompensa está associada à ressurreição (Lc 14.14) e com o dia da vinda do Senhor - “aquele dia” (1 Co 4.5; 2 Tm 4.8; Ap 22.12). Os que morreram em Cristo ressuscitarão em corpo glorioso, os que estiverem vivos serão transformados e todos participarão deste evento.

Onde acontecerá este julgamento?

Há diversas opiniões com respeito ao lugar onde se dará esse juízo. Alguns opinam que será no céu, outros que será nos ares (1 Ts 4.17). A história de Isaque e Rebeca (Gn 24) pode ser uma figura deste fato, pois Rebeca deixou sua terra e empreendeu uma longa caminhada para se encontrar com Isaque, mas o encontro não se deu na casa de Isaque e sim no campo, o que nos dá a idéia de ser nos ares, conforme mencionado pelo apóstolo Paulo. Cremos que não será na terra para não ser presenciado pelos pecadores que durante sua vida foram hostis ao povo de Deus, e que não será no céu, pois diante do tribunal haverá decepções (1 Jo 2.28), coisa que não haverá no céu, mas só alegria no Espírito Santo.

O que será julgado?

As obras que fizermos por meio do corpo serão provadas pelo fogo (2 Co 5.10) e podem ser aprovadas ou reprovadas (1 Co 9.27). A palavra utilizada por Paulo para “mal” é phaulos, que tem o sentido de inutilidade, impossibilidade de gerar qualquer bem.
Cristo vai avaliar o tipo de cada obra e também a razão da mesma: foi feito por amor ao Senhor? (1 Co 13.3). Pois o primeiro mandamento em Mt 22.37 é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”.
Se as fizemos de boa vontade, receberemos galardão (1 Co 9.17,18; 1 Pe 5.2-4), mas se as fizemos com motivos de auto benefício, nada receberemos (Fp 1.15).

O Senhor julgará:

• Como usamos os recursos que ele nos deu (Mt 25.19-21; Lc 19.13,16);
• O trabalho que fizemos ao Senhor e à igreja (1 Co 3.8; Hb 6.10; Ap 2.12,13; Mc 9.41; Mt 10.41,42);
• Nossas relações com nossos irmãos (Rm 14.10);
• Aquilo que sofremos por amor a Cristo (Mt 5.11,12; Lc 6.22,23; Ap 2.10);
• Nossa fidelidade como despenseiros (1 Co 4.1-5).

Algumas pessoas falam: “Bem, estou feliz de ir para o céu e se já vou para lá, isso é bastante para me fazer feliz”. Não, não é! Se você chegasse em casa hoje à noite e a encontrasse completamente destruída, toda a sua roupa queimada, todos os móveis e utensílios reduzidos a cinzas, e também os aparelhos elétricos, sem nada no seguro, não ficaria feliz com isso. Muitos cristãos comparecerão diante do Tribunal de Cristo, vendo suas obras em chamas.
Ninguém será salvo pelas obras (Tt 3.5), mas, depois de ter sido salvo, o filho de Deus deve praticar boas obras, para glória de Deus (Ef 2.10).
Alguns crentes ficarão como Ló (Gn 19), cujas obras foram completamente queimadas no fogo. Tudo o que ele havia feito foi queimado, só que ele mesmo não se queimou. Ele é o retrato do cristão carnal comparecendo ante o Tribunal de Cristo.

As obras que passarão no teste do fogo serão as de ouro, prata e pedras preciosas e as que serão queimadas serão as de palha, madeira e feno. Há um contraste entre o que é duradouro e o que é passageiro; entre o que é caro e o que é barato; entre o belo e o feio. Aqueles que se esforçam para fazerem o melhor – obras permanentes - e não se conformam em fazer de qualquer maneira será recompensado (1 Co 3.14; Jr 48.10)! Aquilo que construímos deve estar de acordo com o fundamento, que é precioso. As obras valiosas são feitas segundo o padrão e a vontade de Deus, enquanto as obras sem valor são construídas num padrão puramente humano, inferior.

Que recompensas nós receberemos?

Haverá recompensas entregues e estas serão em forma de coroas:

a) A coroa da vitória (1 Co 9.25). A vida crista se constitui numa batalha espiritual contra três inimigos terríveis: a carne, o mundo e o Diabo. Esta coroa é denominada, também, como coroa incorruptível, porque se refere à conquista do domínio do crente sobre o velho homem.

b) A coroa de gozo (1 Ts 2.19; Fp 4.1). A palavra gozo significa prazer, alegria, satisfação. Uma das atividades cristã que mais satisfazem o coração do crente é o ganhar almas. Isto é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar pessoas para o reino de Deus. Na busca do gozo nesta vida, nada é comparável ao de salvar almas para Cristo, livrando as da perdição eterna. Por isso, quem ganha almas, sábio é (Pv 11.30; Dn 12.32).

c) A coroa da justiça (2 Tm 4.7,8). É o premio dos fiéis, dos batalhadores da fé, dos combatentes do Senhor, os quais vencendo tudo esperam a Sua vinda.

d) A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12). Não se trata da simples vida que temos aqui. Essa coroa é um prêmio especial porque implica conquista de um tipo de vida superior à vida terrena, ou simples vida espiritual, como a tem os anjos. É a modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de Cristo Jesus – a vida eterna. É o galardão da fidelidade do crente.

e) A coroa de glória (1 Pe 5.2-4). Certos eruditos na Bíblia entendem que esta coroa é o galardão dos ministros fiéis que promoveram o reino de Deus na Terra, sem esperar recompensa material.

O próprio Senhor Jesus, Juiz desse tribunal, é quem fará a entrega dos prêmios, galardões, recompensas (2 Co 9.6). Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo: “O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12). O apóstolo Paulo declara, também, que todo crente receberá o seu louvor (elogio) da parte de Deus (1 Co 4.5).
Nosso Senhor nos recompensará publicamente, diante do todos os salvos e seres celestiais (Mt 6.4). Não existe honra maior do que esta de ter um Salvador impecável nos cumprimentando publicamente, diante dos querubins e serafins, dos santos e da Trindade!

O propósito dos galardões não é glorificar quem os recebeu, mas aquele que os entregou. Vivemos para glorificar a Deus, agora e no porvir. Assim, cremos que as coroas serão oferecidas ao Cordeiro (Ap 4.10), como uma oferta de cada crente ao seu Senhor. Assim, o tesouro que ajuntamos no céu será para glorificar ao Mestre e não para exibição dos servos.

Obras consultadas:

PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Vida, 2006.
HOWARD, Rick. O Tribunal de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

 

nal de Cristo
Leitura: 1 Co 3.11-15

Todos nós iremos comparecer diante de Cristo que, como juiz, julgará as nossas obras (2 Co 5.10; At 17.31). Quem não for salvo, depois da morte, passará pelo julgamento do Trono Branco. Quem for salvo irá ao julgamento do tribunal de Cristo (Rm 14.10), onde serão julgadas as obras, para determinar a qualidade das mesmas. Neste evento será determinada a recompensa ou a perda da recompensa, e não a salvação, pois quem estiver diante do tribunal já está salvo.
O tribunal de Cristo não se destinará ao julgamento dos nossos pecados, pois os mesmos foram perdoados por Jesus no Calvário (1 Jo 1.7). Não será para garantir um lugar nos céus (Ap 22.14), que foi obtido a partir do momento em que cremos em Jesus e nosso nome foi escrito no Livro da Vida nem a nossa condenação, visto que nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1; Jo 5.24; 1 Jo 4.17).

A palavra para este tribunal no grego é bema: um local elevado onde se assentava um juiz (At 18.16). Era também o local onde um juiz se assentava nas competições para recompensar os vencedores.

Quando acontecerá este julgamento?

Isto acontecerá após o arrebatamento da igreja. A recompensa está associada à ressurreição (Lc 14.14) e com o dia da vinda do Senhor - “aquele dia” (1 Co 4.5; 2 Tm 4.8; Ap 22.12). Os que morreram em Cristo ressuscitarão em corpo glorioso, os que estiverem vivos serão transformados e todos participarão deste evento.

Onde acontecerá este julgamento?

Há diversas opiniões com respeito ao lugar onde se dará esse juízo. Alguns opinam que será no céu, outros que será nos ares (1 Ts 4.17). A história de Isaque e Rebeca (Gn 24) pode ser uma figura deste fato, pois Rebeca deixou sua terra e empreendeu uma longa caminhada para se encontrar com Isaque, mas o encontro não se deu na casa de Isaque e sim no campo, o que nos dá a idéia de ser nos ares, conforme mencionado pelo apóstolo Paulo. Cremos que não será na terra para não ser presenciado pelos pecadores que durante sua vida foram hostis ao povo de Deus, e que não será no céu, pois diante do tribunal haverá decepções (1 Jo 2.28), coisa que não haverá no céu, mas só alegria no Espírito Santo.

O que será julgado?

As obras que fizermos por meio do corpo serão provadas pelo fogo (2 Co 5.10) e podem ser aprovadas ou reprovadas (1 Co 9.27). A palavra utilizada por Paulo para “mal” é phaulos, que tem o sentido de inutilidade, impossibilidade de gerar qualquer bem.
Cristo vai avaliar o tipo de cada obra e também a razão da mesma: foi feito por amor ao Senhor? (1 Co 13.3). Pois o primeiro mandamento em Mt 22.37 é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”.
Se as fizemos de boa vontade, receberemos galardão (1 Co 9.17,18; 1 Pe 5.2-4), mas se as fizemos com motivos de auto benefício, nada receberemos (Fp 1.15).

O Senhor julgará:

• Como usamos os recursos que ele nos deu (Mt 25.19-21; Lc 19.13,16);
• O trabalho que fizemos ao Senhor e à igreja (1 Co 3.8; Hb 6.10; Ap 2.12,13; Mc 9.41; Mt 10.41,42);
• Nossas relações com nossos irmãos (Rm 14.10);
• Aquilo que sofremos por amor a Cristo (Mt 5.11,12; Lc 6.22,23; Ap 2.10);
• Nossa fidelidade como despenseiros (1 Co 4.1-5).

Algumas pessoas falam: “Bem, estou feliz de ir para o céu e se já vou para lá, isso é bastante para me fazer feliz”. Não, não é! Se você chegasse em casa hoje à noite e a encontrasse completamente destruída, toda a sua roupa queimada, todos os móveis e utensílios reduzidos a cinzas, e também os aparelhos elétricos, sem nada no seguro, não ficaria feliz com isso. Muitos cristãos comparecerão diante do Tribunal de Cristo, vendo suas obras em chamas.
Ninguém será salvo pelas obras (Tt 3.5), mas, depois de ter sido salvo, o filho de Deus deve praticar boas obras, para glória de Deus (Ef 2.10).
Alguns crentes ficarão como Ló (Gn 19), cujas obras foram completamente queimadas no fogo. Tudo o que ele havia feito foi queimado, só que ele mesmo não se queimou. Ele é o retrato do cristão carnal comparecendo ante o Tribunal de Cristo.

As obras que passarão no teste do fogo serão as de ouro, prata e pedras preciosas e as que serão queimadas serão as de palha, madeira e feno. Há um contraste entre o que é duradouro e o que é passageiro; entre o que é caro e o que é barato; entre o belo e o feio. Aqueles que se esforçam para fazerem o melhor – obras permanentes - e não se conformam em fazer de qualquer maneira será recompensado (1 Co 3.14; Jr 48.10)! Aquilo que construímos deve estar de acordo com o fundamento, que é precioso. As obras valiosas são feitas segundo o padrão e a vontade de Deus, enquanto as obras sem valor são construídas num padrão puramente humano, inferior.

Que recompensas nós receberemos?

Haverá recompensas entregues e estas serão em forma de coroas:

a) A coroa da vitória (1 Co 9.25). A vida crista se constitui numa batalha espiritual contra três inimigos terríveis: a carne, o mundo e o Diabo. Esta coroa é denominada, também, como coroa incorruptível, porque se refere à conquista do domínio do crente sobre o velho homem.

b) A coroa de gozo (1 Ts 2.19; Fp 4.1). A palavra gozo significa prazer, alegria, satisfação. Uma das atividades cristã que mais satisfazem o coração do crente é o ganhar almas. Isto é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar pessoas para o reino de Deus. Na busca do gozo nesta vida, nada é comparável ao de salvar almas para Cristo, livrando as da perdição eterna. Por isso, quem ganha almas, sábio é (Pv 11.30; Dn 12.32).

c) A coroa da justiça (2 Tm 4.7,8). É o premio dos fiéis, dos batalhadores da fé, dos combatentes do Senhor, os quais vencendo tudo esperam a Sua vinda.

d) A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12). Não se trata da simples vida que temos aqui. Essa coroa é um prêmio especial porque implica conquista de um tipo de vida superior à vida terrena, ou simples vida espiritual, como a tem os anjos. É a modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de Cristo Jesus – a vida eterna. É o galardão da fidelidade do crente.

e) A coroa de glória (1 Pe 5.2-4). Certos eruditos na Bíblia entendem que esta coroa é o galardão dos ministros fiéis que promoveram o reino de Deus na Terra, sem esperar recompensa material.

O próprio Senhor Jesus, Juiz desse tribunal, é quem fará a entrega dos prêmios, galardões, recompensas (2 Co 9.6). Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo: “O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12). O apóstolo Paulo declara, também, que todo crente receberá o seu louvor (elogio) da parte de Deus (1 Co 4.5).
Nosso Senhor nos recompensará publicamente, diante do todos os salvos e seres celestiais (Mt 6.4). Não existe honra maior do que esta de ter um Salvador impecável nos cumprimentando publicamente, diante dos querubins e serafins, dos santos e da Trindade!

O propósito dos galardões não é glorificar quem os recebeu, mas aquele que os entregou. Vivemos para glorificar a Deus, agora e no porvir. Assim, cremos que as coroas serão oferecidas ao Cordeiro (Ap 4.10), como uma oferta de cada crente ao seu Senhor. Assim, o tesouro que ajuntamos no céu será para glorificar ao Mestre e não para exibição dos servos.

Obras consultadas:

PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Vida, 2006.
HOWARD, Rick. O Tribunal de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.